segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Três histórias, alinhavando uma só verdade...


Será que o exemplo do sacrifício dos heróis de Canudos foi em vão? Porquê o espirito de luta por direitos sociais e melhores condições de vida se calam diante de um processo de aculturação e massificação,que vem evoluindo suas formas de manipulação com o passar do tempo,explorando toda a sociedade. Onde estão os conterrâneos e descendentes dos revoltosos? Por que abaixar a cabeça diante de uma mídia sensacionalista! Onde está a sociedade totemizada, que como exemplo dos povos indígenas, pelo menos antes das TVs chegarem nas tribos. Antigamente eles discutiam seus problemas ao redor de uma fogueira, procurando soluções de interesse comum e não unilaterais. Ao contrário disso, vemos hoje famílias inteiras reunidas numa sala em busca da catarse que nunca é alcançada em sua plenitude, "ligadas" numa novelinha (salvo aqui roteiros que retratam nossa história como, Gabriela Cravo e Canela, Chica da Silva, etc) com enredos repetitivos e dilacerantes de cultura, ou então, noticiários "mastigadinhos" sem a devida imparcialidade e com um raso, ou quase nenhum aprofundamento do conteúdo abordado. 


“... Encha as pessoas com dados incombustíveis, entupa-as tanto com ‘fatos’ que elas se sintam empanzinadas, mas absolutamente ‘brilhantes’ quanto a informações. Assim, eles imaginarão que estão pensando, terão uma sensação de movimento sem sair do lugar. E ficarão felizes, porque fatos dessa ordem não mudam. Não os coloque em terreno movediço, como filosofia ou sociologia, com que comparar suas experiências. Aí reside a melancolia. Todo homem capaz de desmontar um telão de TV e monta-lo novamente, e a maioria consegue, (...) Portanto, que venha seus clubes e festas, seus acrobatas e mágicos, seus heróis, carros a jato, motogiroplanos, seu sexo e heroína, tudo o que tenha a ver com reflexo condicionado. Se a peça for ruim, se o filme não disser nada, estimulem-me com o teremim, com muito barulho. Pensarei que estou reagindo à peça, quando se trata apenas de uma reação tátil à vibração. Mas não me importo. Tudo que peço é um passatempo sólido”. (BRADBURY, Fahrenheit 451, 2007)


A verdade é amarga, mas já passou da hora de tomarmos a pílula vermelha e "acordarmos" para a vida, descordar de um sistema que privilegia poucos, prejudica muitos, usando de todo um aparato de controle, mantido pelo próprio povo através dos elevados impostos,e o que é pior, quase sem algum retorno a educação-saúde-segurança, preservando-se assim, o status quo dos de uma classe minoritária,em detrimento dos interesses coletivos, deixados a minguá. Que pena que muitos ainda acreditam no "Pão & Circo" das grandes espetacularizações como o futebol que conforta o coração do torcedor que geralmente esta à margem das reais necessidades sociais de sua comunidade, dando suprimentos débeis para discussões vazias e inflamadas nos botecos da vida. Ai, se houvesse 1% dessa dedicação para as discussões em sessões da Camara de Vereadores de sua cidade, de forma participativa e ao mesmo tempo fiscalizadora da máquina pública. Não bastasse isso, as mentes são devoradas pelos meios de comunicação altamente manipuladores: reality shows que cativam voyeurs interessadíssimos na vida alheia, por não terem forças de conduzir seu próprio destino, pois são colocados numa posição passiva mediante os noticiários tendencionista que conduzem seus destinos como vida de gado,sem nada fazer,tornando meros espectadores das soap opera americanas e das novelas brasileiras, sem esboçar qualquer reação.


Ainda há tempo, NÃO VAMOS USAR AS MÍDIAS SOCIAIS pra reprisar os "conteúdos" insignificantes da mídia sensasionalista, como a inutilidade da nova mania de Luiza No Canadá, por exemplo. Basta, a mudança tem que ser agora, conscientizem-se, não deixem se levar pela subliminaridade dos mecanismos impostos de uma mídia atrelada a um sistema inescrupuloso! Seja proativo, faça arte, brinque mais, converse mais com sua família, seus amigos, arrume tempo para expor suas idéias, ouça outras pessoas. O lazer ativo pode ser uma caminho saudável para as mudanças, pois ele pode proporcionar momentos de auto-reflexão e de posicionamento de idéias com seus pares. Faça alguma coisa, leia um bom livro, faça teatro,seja o senhor ou senhora do seu destino, enfim, libertem-se!!! 
Fonte: http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7313425124603454517#editor/target=post;postID=4333827839101188245



SIMPLES ASSIM! Dica de reciclagem 1


A PERSPECTIVA DO JOGO


Para adentrar ao terreno do Jogo Teatral no processo de ensino-apredizagem precisamos entender a função do jogo na sociedade. Nesse ponto, para uma melhor compreensão dessa ferramenta podemos analisar o jogo em duas perspectivas: PSICOLÓGICA e SOCIOLÓGICA.
-Psicológica – A teroria do Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget ( apud MOREIRA, 1999) trata sobre o desenvolvimento cognitivo, que é um processo de sucessivas mudanças qualitativas e quantitativas das estruturas de cognição de fatos ou experiências ocorridas anteriormente na vida da criança em desenvolvimento com nuances diferenciadas de reconstrução progressiva a cada momento de realização de uma ação específica, tornando-o apto para a sua relação ao meio em que vive.
Divide-se em quatro fases:
  • Sensório-motor(0 a 2 anos) - assimilação mental do meio à partir de reflexos neurológicos básicos através de contato direto com jogos de exercícios pela exploração dos movimentos físicos;
  • Pré-operatória(2 a 7 anos) – interiorização das experiências anteriores sem o discernimento de relações dimensionais de objetos, mas com facilidade de vivenciar o faz-de-conta através do jogo simbólico;
  • Operatório-concreto(7 a 11) – reversibilidade do pensamento ao realizar atividades com a capacidade de justifica-se logicamente, marcada pela transição da atividade individual para a coletiva pelo interesse na socialização gerado durante jogo de regras, facilmente assimilado nessa fase;
  • Operatório-formal(12 anos em diante) – grande poder de abstração e resolução de problemas baseado em hipóteses e não mais pela observação da realidade, criando-se algo na ação por intermérdio dos jogos de construção.
Com o desenvolvimento do processo de aprendizagem novos esquemas pode surgir a partir da adaptação que resultam da:
  • Assimilação – ampliação dos esquemas à partir da estrura que já possui, incorporando elementos externos ao seu convivio e suas experiências;
  • Acomodação – adaptação dos esquemas já existentes e novas experiências para assimilação de novas informações;
  • Equilibração – busca da regulação entre assimilação e acomodação por meio de adaptação do indivíduo, gerando  uma progressão de complexibilidade do pensamento lógico.
-Sociológica – Caillois(1990) sugere que ao jogar o indivíduo está assimilando a capacidade de experimentação da vida real por meio do aprendizado natural das regras específicas de cada jogo, desenvolvendo as funções motoras, a cognição e a sociabilidade para as experiências da vida real, socializadas no jogo da vida.
Os jogos estão ligado intrisicamente a cultura dos povos, cada qual com sua peculiaridade, possibilitando que cada indivíduo possa sentir, comunicar, descobrir, competir, arriscar, motivar, brincar, expressar, cooperar, etc. Os jogos são as pontes que interligam a fantasia e a realidade, além de ter um papel importantíssimo na construção da personalidade, por conta do processo de socialização que ocorre na prática das atividades, contribuindo para que cada indivíduo predisponha-se a sair do estado de egocentrismo e evolua como ser integrante da sociedade, colaborando para a formação de seu caráter através da convivência humana.
Segundo Caillois(1990) as atividades são classificadas como:
  • Livre – sem obrigatoriedade de participação;
  • Delimitada espaço e tempo previamente combinados
  • Incerta resultado imprevisível;
  • Improdutiva no aspecto material ela não gera nenhum bem ou riqueza
  • Regulamentada – gerida por regras comuns a todos os participantes;
  • Fictícia – a realidade é uma experienciação que pode-se refletir na vida real
Além da classificação acima, Roger Caillois divide o jogo em quatro categorias fundamentais:
  • Agon – ligado as competições com exigência de uma vencedor, em geral os esportes;
  • Alea – destino como adversário, comum na prática dos jogos de azar  - cassinos por exemplo;
  • Mimicry – ilusão temporária onde se assume a interpretação de um papel imaginário – tanto o teatro como o faz-de-conta;
  • Ilyx – atividades que provocam vertigem no estado natural do indivíduo – cabalhotas, a montanha russa dos parques de diversos, etc
Vale acrescentar mais uma categoria abordada por BROTTO(2003):
  • Cooperativos – apesar de ser uma prática milenar de certos povos, em particular os povos indigênas a atividade de cooperação tem-se difundido muito em nossa contemporaneidade como contra-cultura do egocentrismo – jogos cooperativos que visam a mutualiadade no desenvolvimento das atividades proposta.
Referências
BROTTO, Fábio. O. Jogos Cooperativos: se o importante é competir, o fundamental é cooperar. Santos: Projeto Cooperação, 2003
CAILLOIS, Roger. Os Jogos e os Homens: a máscara e a vertigem. Lisboa: Cotovia, 1990
MOREIRA, M. A. Teoria de Aprendizagem. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária, 1999

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Teatro-Educação: ensino-aprendizagem facilitado pelo relacionamento de experiências diretas.

A prática de um teatro didático dá-se num momento relevante de nossa história, e que vai ao encontro de atender às necessidades emergentes de diferenciadas formas de educação, pois, algo precisa ser feito no intuito de sensibilizar a sociedade para que se questionem e reflitam sobre a atual conjuntura social, que apresenta um esgarçamento no tecido social.
Segundo Dias G. F. em sua obra Educação Ambiental: princípios e práticas, a aprendizagem será mais significativa se a atividade estiver adaptada concretamente às situações da vida real da cidade, ou do meio, do aluno e professor.
Quando lidamos com experiências diretas, a aprendizagem é mais eficaz, pois é reconhecido que aprendemos através dos nossos sentidos (83% através da visão; 11% através da audição; 3,5 através da olfação; 1,5% através do tato; e 1% através da gustação) e que retemos apenas 10% do que lemos, 20% do que ouvimos, 30% do que vemos, 50% do que vemos e executamos, 70% do que ouvimos e logo abordaremos e 90% do que ouvimos e logo realizamos. (Piletti, 1991)
Edgar Dale[1], autor do Cone de Experiências, enfatiza que o ensino puramente teórico (simbólico-abstrato) deve ser evitado. O imediatamente vivencial permite uma aprendizagem mais efetiva.
Foi Dale, em sua famosa obra, considerada clássica, Audio-Visual – Methods in Teaching, escrita em 1946, que criou o cone de experiências visando facilitar a escolha dos meios instrucionais em função do grau de abstração.
“Começando da experiência direta com a realidade do vivencial palpável e, seguindo as várias instâncias, até chegar ao simbólico, abstrato. A base do cone representa as experiências diretas com a realidade e as instâncias seguintes indicam, cada vez mais, maior grau de abstração, na medida em que se aproximam do vértice do cone. O processo de aprendizagem é tanto eficaz quanto mais se possa realizar uma experiência direta”. In: O Hexaprojeçógrafo como Meio Instrumental, Prof. Marcos Alberto Ribeiro de Barros
A educação realizada através de palestras é importantes para aquisição de dados relevantes, porém, seria interessante associá-las à prática de  experiências diretas como demonstra o Cone de Experiências de Edgar Dale. Uma dessas formas dá-se através teatro que tem a capacidade de levar conteúdos muito difundidos e conhecidos de forma ímpar, levando os próprios participantes a uma reflexão sobre o assunto abordado. A projeção de problemas sociais durante todo o processo teatral pode utilizar-se de experiências diretas, que se aliadas a textos diversos, poderão facilitar ainda mais a assimilação, sensibilizando cada indivíduo envolvido na oficina sobre as questões vividas no dia-a-dia, demonstrando uma real necessidade de mudança de suas atitudes no meio social, motivando os participantes a buscar a aplicabilidade do apreendido, favorecendo assim, a “reflexão na ação” durante o fazer teatral e que pode se estender a uma participação mais efetiva em busca de melhorias para a sua comunidade.
Percebendo a relevância do teatro como uma linguagem a ser conquistada é que notamos a possibilidade de sensibilizar o ser humano sobre sua função e interação com o meio social em que convive, estreitando essa relação que permite uma participação criativa na solução de problemas ao seu redor, fazendo-o refletir sobre a importância de sua participação na busca de melhorias para a coletividade. Dessa forma a aprendizagem será mais significativa, pois o teatro poderá abordar simbolicamente às situações reais vivdas pelos participantes.
Por isso há a necessidade de uma intervenção teatral, que pode proporcionar de forma didática e artística um novo conceito na educação de maneira lúdica e com muita imaginação, construindo o conhecimento necessário para fazer perceber as inter-relações no meio social.
Os alunos envolvidos nessa prática, podem contribuir sem dúvida alguma com os conteúdos abordados, desde a pesquisa de um tema até concepção de cenas teatrais, proporcionando um avanço conceitual em novas ações que facilitarão a apreensão de conteúdo de forma efetiva, pois todo o processo estará relacionado às experiências diretas, onde os participantes estarão problematizando as questões que estão diretamente relacionadas ao meio em que vivem, através do fazer teatral, com jogos teatrais que podem ser adaptados às situações levantadas e suas respectivas resoluções cênicas permitindo que cada integrante pense no mundo em que vive a partir das problematizações levantadas no processo.


[1] Nota Sobre o Autor: Edgar Dale é professor de Educação e Diretor da Divisão Curricular, organização de pesquisa educacional, da Universidade de Ohio. Ele foi responsável por Educação Visual, Congresso Nacional de Pais e Professores e Presidente do Departamento de Instrução Visual da Associação Nacional de Educação. Ele é o autor de “Ensinando com Filmes”, “Como ler um Jornal”, “Filmes em Educação”, e outros livros.

sábado, 7 de janeiro de 2012

PASSEIOS PARA A LAGOA ENCANTADA

Estamos realizando passeioS de barco para a Lagoa Encantada (aproximadamente 5 horas de muita diversão)

- Passeio de Chalana saindo do Jóia do Atlântico (ida e volta);

- Visitação a: Vila de Areias, Cachoeira do Apepique (aproximadamente 40 metros de altura), Cachoeira do Polar (20 minutos de Trilha), Rio Caldeiras, acompanhado de Guia e taxa de conservação ambiental.

Barco com capacidade de 20 pax + 3 tripulantes regulamentado e com coletes salva-vidas.

15 pessoas

Valor: R$50,00 x 15 pax = R$750,00. Oferecemos também o transporte de Van + R$150,00 (Ilhéus).

10 pessoas

R$750,00 dividido por 10 pax = R$75,00 por pessoa (reacomodação de valores por conta de um custo fixo). Oferecemos também o transporte de Van + R$150,00(Ilhéus).

* Crianças até 5 anos não pagam, desde que acompanhadas de um grupo com número mínimo de saída

** Temos um passeio de trilha (aproximadamente uma hora e meia), por cima da cachoeira, retorno de lancha a Vila de Areias. Estrada ruim, somente com carro alto ou jeep. Mínimo de 4 pax. Valores: R$10,00 da lancha (volta) pax, R$5,00 taxa de preservação ambiental pax, R$15,00 o Guia pax = R$30,00 o passeio por pessoa. Observação: Utilizando-se do seu veículo próprio.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

TEATRO NA EDUCAÇÃO

                                                       Fonte: http://fe5.voxblue.com/voxblue-web/d/304389396/46302066.vb
                                                       Acessado: 03/01/2012